Mostrando postagens com marcador Cinema canadense. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cinema canadense. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Filme 'Red Rooms', Marques de Sade e Dark Web: "o Mal deve ser praticado sem paixão"


Se nos anos 1970 tínhamos a lenda urbana dos “snuff movies” (vídeos comercializados com sexo abusivo, violento, sadomasoquista e sempre terminando na morte da vítima), na Dark Web temos o roax das “Red Rooms” - transmissões ao vivo de estupro, torturas e assassinatos de vítimas sequestradas para um público disposto a pagar pelo entretenimento voyeurista. O filme canadense “Red Rooms” (Les Chambres Rouges, 2023), de Pascal Plante, começa com o julgamento de um pedófilo que sequestrou menores para seus shows nas Red Rooms. Mas o foco não é o julgamento, mas duas mulheres obcecadas pelo caso. Uma, uma groupie apaixonada pelo réu que virou uma celebridade. E outra fria e enigmática. Figura incômoda  para o espectador, porque nunca sabemos qual o seu real interesse no caso. Uma personagem está no passado (a cultura das celebridades no século XX) e outra no futuro: o interesse insalubre e amoral pelo mal na Internet. Revivendo em pleno século XXI a máxima do velho Marques de Sade: “Para o libertino o Mal deve ser praticado sem paixão”.

quinta-feira, fevereiro 09, 2023

O horror da destruição da alma em 'Infinity Pool'


Hotéis, resorts e assemelhados sempre renderam no cinema narrativas de mistério e terror. Sob uma infraestrutura de entretenimento e prazer sempre se oculta algum tipo de submundo ou subcultura. “Infinity Pool” (2023), terceiro filme de Brandon Cronenberg, alinha-se com essa mitologia: um resort em um país fictício asiático oculta uma subcultura perversa de turismo que envolve hedonismo, amoralidade e violência. Seguindo a trajetória do pai, David Cronenberg, “Infinity Pool” entra no campo do terror corporal. Porém, enquanto o pai trata da desintegração corporal, Brandon Cronenberg analisa a destruição das almas: através de um processo de punição de clones dos condenados por crimes, o que acontece com a humanidade de alguém ao saber que seus crimes não terão consequências reais.

quarta-feira, dezembro 07, 2022

Para entender o terror gnóstico de 'Skinamarink'



Os mais assustadores filmes de terror são aqueles cujas imagens e narrativas deixam lacunas para que nossa imaginação tente preenchê-las. E a nossa imaginação pode ser mais assustadora do que o próprio filme. “Skinamarink” (2022) nos mostra duas crianças que acordam no meio da noite e descobrem que os pais desapareceram, assim como todas as portas e janelas. Filmada em filme analógico, o resultado são imagens escuras e muito granuladas: o que faz o espectador imaginar as coisas mais diabólicas que possam emergir dos grãos da imagem. Há um plot gnóstico por trás do drama daquelas crianças: realidade, fantasia, o onírico e o lúdico se misturam numa casa que repentinamente perdeu portas e janelas. Abuso infantil, morte e monstros da nossa infância são a superfície de um drama gnóstico que tem a ver com a nossa condição existencial da solidão: nascemos sós e morremos sós.

quarta-feira, setembro 14, 2022

Boneca sexual, multidão solitária e alienação no filme 'A Garota Ideal'



Um filme que tinha tudo para dar errado pelo seu argumento: um homem solitário, incapaz de se relacionar com a própria família e conhecidos no trabalho, compra através da Internet uma boneca sexual de látex em tamanho natural. Ela se chama Bianca e, orgulhoso, apresenta a todos como sua “namorada”. O que poderia virar um conjunto de piadas grosseiras se transformou em um filme inteligente, reflexivo e tocante. Ele usa Bianca como uma espécie de alter-ego terapêutico para seus traumas familiares e uma forma de conseguir aprovação social.  O filme “A Garota Ideal” (“Lars and the Real Girl”, 2007) expressa o fenômeno psicológico comum numa sociedade de multidões solitárias: de animais de estimação aos gadgets promovidos pela sociedade de consumo, nos alienamos de nós mesmos para nos projetarmos em pets e objetos em busca de gratificação e aprovação do mundo externo.

sexta-feira, agosto 26, 2022

Viagem no tempo e a angústia dos millennials no filme 'Efeito Flashback'


A Relatividade e a mecânica quântica alteraram radical nossa percepção tempo-espaço, ao ponto do tema da viagem no tempo se tornar um tema recorrente – o fascínio da “segunda chance” em que o passado poderia ser alterado. Mas nada como nesse século, em que o boom de produções sobre o tema reflete a angústia existencial da geração millennial: a angústia do crescimento, maturidade e a necessidade de fazer escolhas. “Efeito Flashback” (2020) é um bom exemplo: um jovem analista de informações que renunciou ao desejo de se tornar um artista visual encontra casualmente um antigo amigo do ensino médio. Um encontro que traz do passado memórias esquecidas que retornam como um flashback. Na verdade, o efeito de uma droga misteriosa da época que permitia escapar do espaço-tempo linear e experimentar vidas alternativas. Passado e presente se misturam em loop e deslocamentos, sem o usuário ter em que se apegar. O que traz a questão central desse boom sobre viagens no tempo: e SE eu tivesse feito outra escolha? Como seria a minha vida?

sexta-feira, junho 24, 2022

McLuhan inspira o horror corporal tecnológico de Cronenberg em 'Crimes do Futuro'


O horror corporal no cinema tem em David Cronenberg o seu grande representante. A sua peculiar fusão do horror com a ficção científica foi inspirada nos tempos de estudante na Universidade de Toronto, quando o guru e profeta da Globalização Marshall McLuhan foi seu professor. “O Meio é a Mensagem” é a tese de McLuhan que perpassa toda a filmografia de Cronenberg, só que tomada na aterrorizante literalidade: a tese resultou no pós-humano, a ideologia do século XXI. “Crimes do Futuro” (2022) é o filme-síntese de toda a filmografia do diretor: num futuro indeterminado uma dupla de artistas faz performances públicas de cirurgias através de dispositivos biomórficos para um público extasiado que vê sendo retirados do corpo do artista novos órgãos híbridos misteriosos que não existem na morfologia humana normal. Um mundo em que softwares moldaram a “New Flesh”: o corpo reduzido a objeto de controle e perversão pornô.

quarta-feira, janeiro 19, 2022

Serial killer, mídia e efeito Heisenberg no filme 'Círculo Vicioso'



Bem diferente do vitoriano Jack O Estripador, hoje o serial killer é um fenômeno midiático: não só se utilizam da mídia para obter a atenção como aprendem nas séries e filmes as técnicas de investigação policiais e o modus operandi de outros assassinos para se safarem. É o chamado “efeito Heisenberg” midiático. A comédia “Círculo Vicioso” (Vicious Fun, 2020), em um retrô (celebra os clichês de terror dos anos 1980) e slasher estilosos, faz uma metalinguagem desse paradoxo midiático. Um escritor e aspirante a roteirista de filmes de terror conhece, da pior maneira possível, a realidade muito além dos clichês daqueles filmes clássicos de terror dos anos 1980: ele acaba caindo numa espécie de grupo de autoajuda de assassinos seriais. E descobre como a sua cinefilia volta-se contra ele: os assassinos são tão autoabsorvidos que viraram clichês fílmicos vivos que matam de verdade.

quarta-feira, dezembro 22, 2021

Extrema-direita é a tradução política da ética sobrevivencialista em 'O Declínio'




Antoine vive a obsessão de salvar a si mesmo e sua família de algum tipo de catástrofe que virá: crise econômica, invasão de refugiados climáticos, tirania de algum governo totalitário comunista ou do “Estado profundo” etc. Assiste a um canal de um youtuber ultradireitista que faz vídeos que são tutoriais de técnicas de sobrevivência para uma futura catástrofe. Decide fazer um curso de final de semana com o youtuber em um remoto centro de treinamento nas montanhas geladas do Quebec com uma meia dúzia de participantes, todos armados até os dentes. Essa é a produção franco-canadense Netflix “O Declínio” ("Jusqu'au Déclin", 2020), que é mais do que um olhar irônico ao fetiche por armas e autodefesa. Mas, principalmente, como a atual extrema-direita tornou-se a tradução política da chamada “ética do sobrevivencialismo”, forma de resignação em relação futuro através do individualismo e despolitização.

sábado, novembro 13, 2021

As mentiras do Capitalismo que lava mais verde em 'Bright Green Lies'



Antes de ler qualquer coisa a respeito da conferência ambiental COP 26 e a urgência midiática a respeito das mudanças climáticas, assista ao documentário “Bright Green Lies” (2021) e o leitor terá um perfeito contraponto. O documentário da cineasta Julia Barnes, baseado em livro homônimo, desvenda a principal mentira na qual se baseia todo o hype verde: a de que as chamadas “tecnologias limpas” parecem nascer em árvores – energia elétrica, solar e eólica são produtos de uma indústria tão ou até mais devastadora dos recursos naturais do que a velha “indústria marrom”. “Bright Green Lies” revela como o ambientalismo tornou-se uma estratégia de propaganda para “lavar mais verde” o sistema predatório do capitalismo e sociedade de consumo. E transformar seus ativistas em lobistas de uma indústria sedenta por verbas públicas e incentivos fiscais. 

quinta-feira, abril 08, 2021

A gnose junguiana na tela mental dos sonhos no filme 'Come True'


Imagine combinar o clássico “A Hora do Pesadelo” com o filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, de Michel Gondry. Tudo numa atmosfera com referências a “O Iluminado” de Kubrick e plot twist ao estilo dos filmes de M. Shyamalan. E para completar, alusões aos conceitos junguianos de Persona, Anima e Animus, Sombra e Self. Teremos como resultado o ambicioso filme do cineasta canadense Anthony Scott Burns “Come True” (2020): uma jovem está imersa em um sonho ativo, no qual as fronteiras entre o onírico e o real estão desaparecendo até se transformar em cobaia de uma pesquisa de ponta em um laboratório do sono de uma universidade. Os sonhos são dotados de complexos mecanismos para nos manter inconscientes no interior de um fluxo onírico, sem conseguirmos nos auto observar e alcançar as camadas mais profundas do nosso Self – a iluminação interior. “Come True” é uma jornada de gnose junguiana: superar a Sombra ao alcançarmos um nível meta na tela mental que sempre criamos para nós mesmos.

terça-feira, dezembro 15, 2020

Série 'Travelers': por que precisamos da viagem no tempo?


A partir de 2016, o cinema e audiovisual (principalmente séries) vive um surto de narrativas sobre a viagem no tempo. Principalmente envolvendo a mitologia da segunda chance: a ciência relativística e quântica parece ter trazido mais angústias existenciais do que respostas. E as sombrias previsões políticas, econômicos e climáticas, só alimentam ainda mais essa angústia. A série original Netflix “Travelers” (2016-18) é mais uma estória sobre “segunda chance”, dessa vez para a história humana: através de “hospedeiros”, viajantes do futuro chegam no século XXI para desfazerem uma cadeia de eventos que levará o mundo a algum tipo de catástrofe climática e econômica futura que transformará o planeta num mundo árido e hostil. Depois dos deuses, messias e discos voadores vindos dos céus, agora a esperança vem através de viajantes do Tempo. 

segunda-feira, dezembro 16, 2019

Fabricando a "pirralha" Greta Thunberg: a engenharia social do consenso climático


Bolsonaro é o “Meu Malvado Favorito” da esquerda. Que, irritado, chama a ativista ambiental sueca de 16 anos, Greta Thunberg, de “pirralha”. Pronto! A esquerda adere acriticamente à ativista que de repente se tornou uma heroina por se tornar um desafeto do capitão da reserva. Esse é o gênio da atual guerra semiótica criptografada dentra da qual todas as oposições políticas estão como sob o encanto de um feitiço. Greta Thunberg é a atual peça “femográfica” chave da engenharia de opinião pública por trás do “Green New Deal”, a estrela do momento do maior experimento de mudança comportamental já realizado em escala global. A fabricação da narrativa da “garota solitária” indignada diante das mudanças climáticas é a superfície publicitária de um crucial momento do Capitalismo. Uma ação de engenharia social para criação de consenso sem - privatização da questão climática e o crescimento explosivo das ONGs que se transformaram numa indústria turística disfarçada de voluntariado para jovens privilegiados do Ocidente. E, principalmente, como as celebridades fetichizadas em uma sociedade de rápida erosão cultural se transformaram em um poderoso ativo do capitalismo e militarismo para a criação de soluções corporativas para o clima.

quarta-feira, novembro 20, 2019

Curta da Semana: "Animal Behaviour" - animais humanizados, sociedade animalizada


Estamos em mais uma sessão semanal de psicoterapia. Só que ao invés de humanos, encontramos animais atormentados por obsessões, compulsões, culpa, agressividade e ansiedade. E o terapeuta é o Dr. Clement, um cão que conseguiu sublimar muitos impulsos instintivos como, por exemplo, cheirar o traseiro de outros cachorros. Até que chega um novo paciente: um macaco agressivo e antissocial que irá inverter todos os papéis daquela sessão. Esse é o curta de animação, indicado ao Oscar desse ano, “Animal Behaviour” (2018) – uma narrativa em tom adulto de uma fórmula que o selo Disney/Pixar explora costumeiramente em suas animações: a antropomorfização dos animais. Porém aqui os animais funcionam como o nosso reflexo invertido: enquanto humanizamos os animais, animalizamos os distúrbios psíquicos na sociedade.

domingo, junho 30, 2019

Curta da Semana: "Dolls Don't Cry" - Somos fantoches em um mundo simulado


Premiado por melhor roteiro no Festival de Animação de Ottawa, o curta-metragem em “stop-motion” canadense “Dolls Don’t Cry” (Toutes Les Poupées Ne Pleurent Pas, 2017) nos apresenta a clássica cosmologia gnóstica ao convergir duas teses: o esotérico fascínio humano por fantoches, bonecos, robôs e autômatos e a hipótese do Universo como uma gigantesca simulação. Desde a antiga Alquimia, passando pelo cinema e animação, até chegarmos aos games de computador o homem simula a criação de mundos. Como se tentasse imitar Deus, simulando vidas. Por que esse fascínio? Será que tentamos nos tornar sencientes dentro de um Universo simulado no qual somos prisioneiros?

segunda-feira, março 04, 2019

Estamos imersos no mar de sincronismos no filme "Redemoinho"


Qual a relação entre as ideias do pré-socrático Tales de Mileto e o filme “Redemoinho” (“Maelström”, 2000) do diretor canadense Denis Villeneuve? Está em uma narrativa que certamente é a que melhor explorou o simbolismo místico da água no cinema: um peixe prestes a ser sacrificado para se transformar em fruto do mar em um restaurante narra a “bonita história de uma mulher na longa descida à realidade”. O pai da filosofia ocidental achava que todas as coisas estão “cheias de deuses”. Pode parecer uma ideia poética, mas não para a protagonista de “Redemoinho” que da pior maneira conhecerá essa verdade filosófica – de que suas decisões estão imersas em um mar de sincronismos, tendo o peixe como elemento simbólico central. E de que uma vida inteira pode se transformar no fluxo da mecânica dos fluidos que dá nome ao filme.

segunda-feira, setembro 03, 2018

"Videodrome - A Síndrome do Vídeo": como a tecnologia controla mente e carne


Um diretor de uma TV a cabo descobre o sinal pirata de uma transmissão de “Snuff TV” (filmes que mostram violência, abusos sexuais e mortes reais) chamada “Videodrome”. Mas da pior maneira possível, ele descobrirá que é muito mais do que um show de TV: é um experimento cujas ondas catódicas provocam danos cerebrais permanentes. Arma para vencer a guerra pelo controle das mentes da América planejada por uma obscura empresa que faz óculos de baixo custo para o Terceiro Mundo e sistemas de orientação para mísseis da OTAN. Esse é “Videodrome – A Síndrome do Vídeo” (1983), clássico filme de David Cronenberg que transformou em cinema toda uma tradição de crítica à mídia e tecnologia canadense, de Marshall McLuhan a Arthur Kroker: o momento em que a tecnologia deixa de ser mera extensão do homem para se transformar em carne. E o homem se transforma num aparelho de videocassete.

domingo, julho 29, 2018

Curta da Semana: "Final Offer": aliens agora preparam "invasões híbridas"


Algo está mudando no clássico roteiros dos filmes de invasões alienígenas. A série “Colony” do Netflix é uma evidência. E o curta canadense “Final Offer” (2018) é uma prova. Agora as sinistras inteligências de outros planetas nos atacarão através de “invasões híbridas”: em primeiro lugar, explorando as fraquezas da natureza humana, para depois roubarem o que quiserem. Um advogado “loser” e alcoólatra acorda de ressaca preso em uma estranha sala em estilo vitoriano, diante da garota com a qual estava na última noite. Ela é a representante de uma raça alien e ele foi escolhido como representante da humanidade para a “negociação” de um sinistro contrato: os extraterrestres querem levar nossos oceanos e em troca... seduzir o pobre advogado através da sua baixa autoestima.

quarta-feira, maio 23, 2018

Os fantasmas daquilo que esquecemos no filme "Radius"



Um homem acorda sem memórias após um acidente automobilístico. Na medida em que vaga pela estrada em busca de ajuda, vê pessoas e animais caindo mortos na sua frente. Ao mesmo tempo, flashs de fragmentos de lembranças aparecem involuntariamente, mostrando que ele está em meio a um gigantesco quebra-cabeças. Tudo lembra a atmosfera dos episódios da série clássica “Além da Imaginação”. Mas estamos diante da nova safra de filmes de ficção-científica independente, onde nunca sabemos o que vamos encontrar pela frente. É um sci-fi? Um thriller sobre ataques terroristas? Ou uma discussão metafísica sobre a responsabilidade sobre atos de um passado do qual não lembramos? O filme canadense “Radius” (2017) eleva os temas gnósticos da “amnésia” e do “detetive” (aquele que tenta solucionar um enigma) para um novo patamar: sempre tentamos reunir cacos de um mundo desmoronando, sem saber que o enigma que buscamos desvendar tem a ver com nós mesmos – o passado esquecido que vem cobrar responsabilidades, culpas ou contas a acertar.

quarta-feira, janeiro 03, 2018

Curta da Semana: "5 Films About Technology" - cinco acidentes em nossas bolhas virtuais


Cinco contos sobre a nossa obsessão pelos smartphones. Cinco pequenas vinhetas sobre acidentes (físicos, mal entendidos, incontroláveis efeitos virais etc.). Pequenos momentos que retratam a vida de pessoas normais através de gags sobre efeitos inesperados das nossas relações com os celulares nos quais cada efeito é rapidamente interligado com o personagem da próxima vinheta. É o curta de Peter Huang chamado “5 Films About Technology” (2016) que nos permite fazer uma reflexão sobre dois fundamentos da nossa experiência na modernidade: a tecnologia e o acidente. Mas principalmente o irônico destino dos dispositivos móveis: ao invés da comunicação, a incomunicabilidade – bolhas solipsistas que tornam a realidade um conjunto de impressões sem existência própria. Mas o acidente está sempre à nossa espera: sempre as bolhas estouram.  

quinta-feira, dezembro 28, 2017

No oitavo aniversário "Cinegnose" atualiza lista com 101 filmes gnósticos


Nesse mês o “Cinegnose” faz aniversário. Oito anos analisando filmes gnósticos e também os chamados "filmes estranhos" - "weird movies". Procurando mapear, seja nos filmes hollywoodianos, pop ou no cinema de arte, a presença e evolução dos diversos elementos gnósticos e simbolismos místicos ou esotéricos associados ao sincretismo do chamado Gnosticismo Hermético. Também baixamos à terra, onde “Cinegnose” exerceu a crítica à política da grande mídia e à cultura pop – instrumentos que perpetuam a ilusão desse mundo. Afinal, esse é o plot central do drama cósmico narrado pela Cosmogonia gnóstica. Para comemorar esse oitavo aniversário, o “Cinegnose” atualizou a lista dos filmes que receberam o “Certificado de Filme Gnóstico” do blog. Agora são 101 filmes, analisados ao longo desses anos. Certamente filmes diante dos quais não podemos passar indiferentes. Pelo menos, enquanto estivermos nesse mundo.

Tecnologia do Blogger.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Bluehost Review