domingo, junho 26, 2011

A Carne de Excrementos Humanos: o Resto e o Mal

A reciclagem universal de detritos passou a ser a nossa tarefa histórica onde a própria espécie humana passou a produzir-se a si própria como detrito e a levar a cabo em si mesma esse trabalho de dejeção. É o sintoma de um sistema que tenta extirpar o Mal ao reciclar os restos ao convertê-los em mercadorias. A ideologia de raciclagem é la pièce de résistance do discurso ecologicamente correto.

Peço desculpas aos leitores pelo tema tão desagradável neste humilde blog especializado em cinema, cultura pop e gnosticismo. Mas, acreditem, se usarmos o método de investigação do agente Kevin de “MIB – Homens de Preto” (discutido em postagem anterior – veja links abaixo) onde ele buscava a verdade sobre os extraterrestres em tabloides sensacionalistas, veremos que essa bizarra notícia é muito mais do que um fato pitoresco do mundo científico. Pelo caráter de artefato experimental é um sintoma do destino final do discurso ecológico, convertido agora em fundamentalismo tecnomístico.

Se no passado o discurso ecológico denunciava a poluição e a destruição do meio ambiente como efeitos da lógica reprodutiva e de exploração do capital, agora a agenda da necessidade de reciclagem dos restos produzidos pela civilização industrial e de consumo torna-se a pedra de toque de um reformismo ambientalista. Seu objetivo é não só o ideológico (as intenções altruístas e socialmente corretas do capital), mas, principalmente, a reciclagem econômica: transformar os “restos” em novas “commodities”  para o mercado.

Mas antes de tudo vamos à notícia. Segundo matéria da redação da revista “Galileu”, o cientista japonês Mitsuyuki Ikeda teria criado “uma terceira via para quem é vegetariano e não gosta de carne de soja: carne feita de excremento humano”.  Segundo Ikeda, o objetivo é que a carne seja comercializada regularmente e vire um produto disponível a todos.

quinta-feira, junho 23, 2011

A "Paz Interior" do Kung Fu Panda

Fórmula do sucesso das animações atuais, Kung Fu Panda 2 explora simultaneamente temas infantis e adultos: para as crianças os arquétipos da separação e do abandono e, para adultos, o tema místico e religioso da “paz interior”, estranhamente associado ao ideário da autoajuda e da “Arte da Guerra” no melhor estilo do livro de Sun Tzu. Secretamente, a narrativa torna os dois temas complementares.

Fui com meus filhos em um shopping em São Paulo assistir à animação “Kung Fu Panda 2” dos estúdios da DreamWork. Não chega à excelência das animações da Pixar, mas também apresenta a grande virtude das animações atuais:  estórias que divertem e emocionam tanto as crianças quanto os pais. Talvez o principal fator da renovação das animações a partir do final dos anos 80 e, principalmente, a partir das animações digitais como "Toy Story", seja a habilidade dos roteiristas explorarem simultaneamente arquétipos com forte poder de evocação para crianças e muita intertextualidade com referências ou alusões para adultos.

Assim como em “Madagascar” que fazia alusão à sequência final do clássico “Planeta dos Macacos” de 1968 (a sequência em que o leão Alex esmurra a areia da praia com raiva diante de uma estátua da liberdade de palha que virou cinzas), também em “Kung Fu Panda” há várias referências aos clichês dos filmes de Kung Fu dos anos 70. Uma estratégia de intertextualidade que faz a delícia de adultos ao reconhecerem em animações infantis elementos imagéticos da sua geração.

Já para as crianças é voltada uma forte exploração de arquétipos, principalmente aqueles que envolvem o drama da separação e abandono (como os arquétipos do Inocente, do Órfão etc.).

Perguntei para meus filhos e, mais tarde, para outras crianças: qual a parte da estória em que mais se emocionaram? Unânime, a sequência onde o protagonista Po (o Kung Fu Panda) relembra do momento em que sua mãe foi obrigada a abandoná-lo, ainda bebê, em uma caixa de rabanetes para salvá-lo da fúria dos soldados do príncipe pavão Lord Shen (ele queria matar todos os ursos pandas do reino para que não se confirmasse uma profecia de que um guerreiro preto e branco o derrotaria).

Ao contrário, para os adultos a sequência mais emocionante foi a da batalha final onde o herói Po  finalmente domina a técnica da “paz interior” e consegue desviar as balas dos canhões. A partir daí relembra o trauma da separação dos pais e chega à solução sobre a sua própria identidade: “a única coisa que importa é o que você escolheu ser agora”. Po faz um acerto de contas com o passado, alcança o equilíbrio e se torna um verdadeiro “dragão guerreiro”. Dessa forma, a moral da narrativa faz um estranho mix entre uma noção “desinteressada” ou “mística” como a da “paz interior” (na tradição esotérica e religiosa identificada com a iluminação espiritual) e o acerto de contas com o passado como uma noção associada ao ideário da autoajuda.

segunda-feira, junho 20, 2011

A Disneyficação da Realidade no filme "Substitutos"


Através da ironia, o filme "Substitutos" (Surrogates, 2009) representa todo um submundo da cultura pop onde, do suicído à virtualização humana, o paradigma é o mesmo: a neutralização ou simplesmente a eliminação do fator humano por andróides ou mundos virtuais como forma de salvar o próprio planeta. Em outras palavras, despachar o homem para mundos virtuais enquanto a realidade é "disneyficada".

Em uma sequência do filme “MIB-Homens de Preto” (Men in Black, 1997) o agente Kevin (Tommy Lee Jones) introduz o novato agente James (Will Smith) na organização governamental MIB que controla as atividades de extraterrestres no planeta Terra. Kevin para diante de uma banca de jornais e começa a folhear tabloides com bizarras manchetes sensacionalistas. “Vamos ver os últimos relatórios”, diz Kevin.  Percebendo a estranheza de James, Kevin responde: “são as melhores fontes do planeta... às vezes também se encontra algo no New York Times”, reponde para um perplexo James que não entende como uma complexa agência governamental procure pistas em tabloides populares.

Dentro dessa espécie de “zub-zeitgeist” da cultura (representado por toda uma literatura de HQs, magazines, pulp fictions e gêneros fílmicos como sci-fi, horror e fantasia e seitas religiosas e tablóides) encontramos uma bizarra seita religiosa de Boston, EUA, chamada Church of Euthanasia. Seu lema é “Salve o Planeta, mate-se”. Suicídio, aborto, canibalismo e sodomia seriam as únicas formas de salvar o planeta do desastre ecológico ao evitar a procriação da raça humana, considerada o verdadeiro parasita da Terra.

Fundada em Massachusetts, a Igreja se define como “uma organização sem finalidade lucrativa devotada a restaurar o equilíbrio entre humanos e as espécies remanescentes sobre a Terra”. A Igreja ganhou a atenção da opinião pública ao publicar em seu web site instruções de “como matar-se por asfixia e gás helio”. As páginas foram retiradas do ar logo após uma mulher de 52 anos se matar seguindo as instruções, o que resultou em ações legais contra a igreja.

Tudo muito bizarro, mas se começarmos a seguir o método de investigação do agente Kevin descrito acima, veremos que toda essa espécie de submundo da cultura pop contemporânea reflete (de uma forma hiperbólica ou distorcida) algo de mais sério e real: uma agenda tecnocientífica contemporânea ou, para a nomenclatura desse humilde blog, uma “agenda tecnognóstica”.

quarta-feira, junho 15, 2011

Mais um Ciclista Atropelado em São Paulo: Por uma Politização do Tempo

As imagens de ciclistas ativistas prestando luto e homenagem a mais uma vítima de atropelamento fatal no conflito bikes versus carros em São Paulo, tudo em meio a buzinas de motoristas irritados pelo grupo “atrapalhar” o fluxo do tráfego, são simbolicamente chocantes.  Sintomas de algo mais profundo: o culto da velocidade e domínio do tempo como fim em si mesmo, estilo de vida capaz de negar a morte e o luto. Portanto, cabe aos ciclistas  politizar o tempo!

Após o atropelamento fatal do presidente da empresa Lorenzetti, Antonio Bertolucci, quando rumava de bicicleta para o seu local de trabalho, em São Paulo, ficaram duas imagens mostradas nos telejornais. A primeira, o capacete destroçado e a bicicleta retorcida, dando a dimensão da gravidade do atropelamento. E a segunda, a mais chocante pela brutalidade simbólica, a imagem das homenagens e luto de um grupo ciclistas ativistas no local do acidente, em meio as buzinas irritantemente insistentes de motoristas incomodados com a ocupação de parte da pista. Os motoristas nada mais enxergavam do que um grupo de desocupados prejudicando o tráfego que deveria ser mais veloz no local.

Respeito? Luto? Nada se sobrepõem à necessidade de fluxo, escoamento, velocidade. Como já discutimos em postagem anterior (veja links abaixo) sobre o atropelamento serial de ciclistas ativistas em Porto Alegre, esse conflito carro versus bicicletas é sintoma de algo mais profundo, de um paradigma tecnológico que chamamos na oportunidade de “bomba tecnológica”.

Nenhuma legislação ou projeto de ciclovias dará certo enquanto não politizarmos essa ideologia da Tecnologia: a velocidade e a lei do menor esforço como moralmente boas. Em outras palavras, a necessidade de correr contra o tempo (ou, pelo menos, o imaginário da corrida, já que cada vez mais não se consegue chegar de carro a parte alguma) como um valor intrinsecamente bom. Em última instância, devemos politizar o tempo.

terça-feira, junho 14, 2011

O Horror Metafísico na Série "Além da Imaginação"

Um contraponto ao atual filme “Agentes do Destino” (Adjustment Bureau, 2011) pode ser encontrado no episódio “A Matter of Minutes” da cultuada série “O Novo Além da Imaginação” (1985-89) onde o horror metafísico do conto original é mantido e desenvolvido. Ao contrário, em "Agentes do Destino" os elementos metafísicos e esotéricos do conto original de Philip K. Dick são apenas cenários para uma surrada estória de amor impossível.

Leitor desse humilde blog, Fábio Holfnik nos alertou sobre a existência de um conto da série “O Novo Além da Imaginação”  (“The New  Twilight  Zone, 1985-89, continuação da série original que foi de 1959 a 1964 apresentada por Rod Sterling na TV CBS nos EUA) chamado “A Matter of Minutes” que seria baseado no mesmo conto de Philip K. Dick (“Adjustment Team” de 1954) no qual se baseou também o atual filme “Agentes do Destino” (Adjustment Bureau, 2011) analisado em postagem anterior.

Na verdade esse conto da série televisiva baseou-se em conto de outro escritor de ficção científica norte-americano, Theodore Sturgeon, no conto “Yesterday Was Monday” de 1941. De qualquer forma há uma incrível similaridade temática com o conto de K. Dick e o filme “Agentes do Destino”. Essa adaptação televisiva de 1985 do conto de Sturgeon apresenta um interessante contraponto com a conservadora abordagem do filme “Agentes do Destino”.

Ao contrário do filme atual em cartaz em relação ao conto de K. Dick, o conto televisivo da série “Além da Imaginação” mantém o horror metafísico original do conto de Sturgeon.

Como vimos na postagem anterior (veja links abaixo), embora o filme “Agentes do Destino” mantenha a atmosfera paranoica e o misterioso trabalho dos agentes/arcontes, elimina o horror metafísico, isto é, o misto de horror e fascínio, repulsa e atração por uma situação (a abertura do tecido da realidade e do tempo) que desafia a toda racionalidade e religiosidade. Na narrativa parece que esse fato potencialmente arrasador se transforma em mero cenário para a estória da luta dos protagonistas pelo amor impossível.

Ao contrário, na adaptação televisiva do conto de Sturgeon para a série “Além da Imaginação” esse horror dos protagonistas é brilhantemente mantido.

sábado, junho 11, 2011

Filme "Os Agentes do Destino" Revela o Atual Conservadorismo Religioso de Hollywood

Embora inspirado em um conto do gnóstico escritor Philip K. Dick, o filme “Os Agentes do Destino” (The Adjustment Bureau, 2011) ignora o principal elemento da narrativa original: o horror metafísico do protagonista ao descobrir que o tecido da realidade se abriu e que, por trás, há um jogo cósmico onde somos meros fantoches.O resultado é o conservadorismo que elimina o que há de mais importante na religião: a experiência "numinosa". 

Desde a década de 80, Hollywood passou a ter um súbito interesse na obra do escritor de ficção-científica norte-americano Philip K. Dick. A partir do filme Blade Runner – O Caçador de Andróides (Blade Runner, 1982) baseado no livro “Do Androids Dream of Eletric Sheep?”, seguiram-se uma série de filmes inspirados em contos e livros do autor como o filme “O Pagamento” (“Paycheck”, 2003 – baseado no conto “Paycheck”), “Minority Report” (2002, baseado no conto “The Minority Report”) e “O Homem Duplo”(A Scanner Darkly, 2006 – baseado em livro homônimo).

O interesse pela obra de K. Dick (tão marcada pela paranoia e pela exploração gnóstica de realidades alucinógenas, a luta do indivíduo contra autoridades cósmicas superiores e o questionamento da moralidade convencional) demonstrou o interesse hollywoodiano em promover nas telas comerciais um gnosticismo pop, cujo auge foi a trilogia “Matrix”.

Todos os exemplos citados acima de adaptações da obra de K. Dick, foram bem sucedidas em manter o cerne gnóstico das suas especulações (o autor se autodenominava como “gnóstico”): a  natureza artificial daquilo que entendemos como realidade e a luta do homem contra autoridades ou divindades cósmicas que não nos amam e tentam nos aprisionar numa gigantesca conspiração. Não é o caso desse filme “Os Agentes do Destino” que, embora mantenha a atmosfera paranoica e os personagens “agentes do destino” (referência aos chamados “arcontes” na mitologia gnóstica), elimina o que há de estruturante na obra de K. Dick: o horror metafísico diante da descoberta de uma conspiração cósmica que há por trás do tecido da realidade.

quarta-feira, junho 08, 2011

Mister Maker: Um Sabor Gnóstico para as Crianças


Hit do canal infantil Discovery Kids, Mister Maker apresenta por trás das inovações narrativas um supreendente sabor gnóstico: simbolismos que remetem a uma nova sensibilidade infantil metalinguística. Na atualidade, as narrativas infantis adquirem cada vez mais conteúdos irônicos, conscientemente paródicos e reflexivos. As mitologias gnósticas parecem cair muito bem nesse universo.

Do nada surge Mister Maker (Phil Gallagher) em um fundo infinito branco. Ele se detém, pensa encolhendo os ombros e ... eureka!!! Uma idéia! Começa, então, a produzir diversos objetos em miniatura: sofás, prateleiras, mesas, janela, cortina, até construir uma pequena cenografia. Do alto observa, orgulhoso, a sua própria criação, com seus braços abertos envolvendo-a. De repente surge um efeito especial como uma poeira de estrelas e brilhos que envolve Mister Maker, trazendo-o para dentro da sua própria obra. A pequena cenografia transforma-se no cenário dentro do qual Mister Maker apresentará para a criançada suas invenções e trabalhos manuais.


Essa abertura do programa Mister Maker, do canal infantil Discovery Kids, tem uma simbologia sugestiva, no mínimo uma abertura inédita para um programa infantil desse gênero. Uma espécie de narrativa do gênesis é contada para sabermos de onde veio o universo comandado por Mister Maker.

domingo, junho 05, 2011

O Poder do Mito como Arma

Massivamente explorado na atualidade pela indústria do entretenimento, o poder do mito foi usado no passado pelas religiões não só para expressar as mais sublimes verdades, mas, também, como arma para destruir realidades artificiais e sistemas opressivos.

Os sistemas mitológicos acabaram perdendo esse poder ao serem reduzidos, na modernidade, a meras fábulas, mentiras, ideologias ou, simplesmente, em mercadorias que entretêm. No artigo do norte-americano Miguel Conner (escritor e diretor/apresentador do programa radiofônico “Aeon Bytes Gnostic Radio”, programa de debates e entrevistas semanais sobre temas do Gnosticismo, literatura e cultura pop) que reproduzimos abaixo, o autor inicia uma reflexão sobre a necessidade de resgatarmos a dupla função original do Mito: esotérica (revelação de verdades transcendentes) e política (como arma que denuncia o artificialismo das realidades mantidas por sistemas opressivos).  

A partir das reflexões sobre o Poder do Mito feitas pelo historiador Joseph Campbell, Conner vai desenvolver esse duplo aspecto de toda mitologia.

Historicamente, a segunda função foi intensamente explorada pelo Gnosticismo na sua luta por criar narrativas mitológicas épicas que resgatassem o “herói de mil faces” presente em cada um de nós como um combustível contra sistemas religiosos e políticos opressores. 

quinta-feira, junho 02, 2011

O Hiperpassado: a História como uma coleção de escolhas gratuitas

As representações pastiche e retro do passado feitas pelas mídias estão criando uma espécie de "passado genérico" onde a percepção subjetiva do tempo entra em contradição com o tempo cronológico criando um "presente extenso". Embora vivamos numa sociedade tecnológica cuja ideologia é a de que tudo muda mais velozmente do que em qualquer outra época, é paradoxal que o presente extenso crie um eterno aqui e agora onde o futuro se fecha a mudanças e o passado passa a ser uma coleção de escolhas gratuitas.


Em uma aula de Estudos da Semiótica na Universidade Anhembi Morumbi (São Paulo) estava discutindo com os alunos as características culturais e estéticas do Pós-Moderno. Apresentava dois trechos de dois filmes de ficção científica para fazermos uma análise comparativa: o primeiro, o clássico “Planeta Proibido” (Forbidden Planet, 1956) e o segundo o filme de 1979 “Alien”. Ambas com sequências narrando o pouso das naves em planetas desconhecidos. A ideia era a de discutir as diferentes concepções de futuro, a moderna e a pós-moderna.


Após exibir a sequência de “Alien”, um aluno, visivelmente espantado, perguntou de que ano era esse filme. “Nossa, esse filme parece tão atual...  esperava um filme parecido como o ‘Planeta Proibido’”, respondeu perplexo o aluno.

Esse espanto do jovem aluno fez-me cair a ficha: falar de moderno e pós-moderno é discutir o tempo e entender como as mudanças do espírito de época acompanham o tempo cronológico. Para ele, o ano de 1979 era muito “antigo”, afinal ele nem era nascido. Ele esperava de “Alien” mais um filme “tosco”, se possível em preto e branco. Mas se defrontou com efeitos especiais e de montagem semelhantes aos atuais. A sua percepção de tempo estava em contradição com a noção cronológica de tempo.

Em outra aula de Estudos da Semiótica, um grupo apresentou para classe um vídeo produzido por eles sobre a Teoria da Informação. Criaram uma narrativa onde um jovem do ano 1900 pegava uma máquina do tempo para cair na década de 40 onde encontrava Norbert Wiener (o criador da Teoria da Informação) que lhes explicaria a Teoria e suas aplicações. Para dar um ar de “antigo” (1900) ao personagem colocaram como áudio “As Quatro Estações” de Vivaldi, obra do século XVIII.

Essa contradição entre percepção e cronologia do tempo nada tem a ver com falta de conhecimento de História no sentido livresco. O que parece estar em jogo aqui é a mudança na percepção do tempo, uma alteração pré-conceitual em como percebemos o passado, presente e futuro.

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