sábado, fevereiro 20, 2016

Mídia esconde dissidentes de Einstein na descoberta das ondas gravitacionais


O anúncio de que pela primeira vez cientistas detectaram ondas gravitacionais que passaram pela Terra originadas de uma fusão de dois buracos negros foi recebido pela grande mídia como “revolução na astronomia”,  “janela aberta para um novo Universo” e “confirmação das previsões da Relatividade Geral de Einstein”. Mas todo esse “hype” que leva a grife de Einstein (o ícone pop da genialidade) esconde uma crise na Física provocada pelos resultados de experiências com interferômetros que buscam ondas desde o século XIX: a disputa entre Éter versus Relatividade – de um lado os dissidentes de Einstein (Nikola Tesla, Dayton Miller etc.) que defendiam um Universo cujo espaço é preenchido pelo Éter (substrato pré-físico de onde se originaria toda energia); e do outro o modelo Newtoniano do vácuo e inércia, além de Einstein que substituiu a noção de Éter pelo continuum espaço-tempo. A descoberta dos cientistas do LIGO suscita a dúvida central dessa crise: como uma onda se propaga no vazio?

Pessoas de todo mundo comemoraram nesse mês o anúncio de cientistas do LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory nos EUA) de que, pela primeira vez, foram diretamente detectadas ondas gravitacionais – ondulações no tecido do espaço-tempo previsto há 100 anos na Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.

Em setembro do ano passado a dupla de detectores do observatório, localizados na Louisiana e Washington, gravaram uma fraca vibração que atravessou o planeta. As análises revelaram ser ondas gravitacionais originadas do encontro de dois buracos em movimento de espiral que se fundiram criando um cataclismo cósmico que deformou o espaço-tempo.


Como não poderia deixar de ser, a mídia acompanhou o entusiasmo dos cientistas e comemorou a descoberta como “monumental”, “abertura de uma nova era da investigação científica”, “uma janela para ver o universo de forma totalmente nova”, “abertura dos nossos sentidos para um novo conjunto de sinais cósmicos” etc.

E não faltaram esforços pedagógicos de jornalistas para explicar ao público leigo  conceitos tão abstratos como “ondas gravitacionais” e “deformação do espaço-tempo”: bolas colocadas em um lençol suspenso estendido ondas as deformações no tecido são comparadas com as do espaço-tempo; ou repórteres jogando pedrinhas em lagos e comparando as ondas concêntricas na superfície com as gravitacionais.


Espaço-tempo não é palpável


Mas todo esse hype que leva a grife de Albert Einstein (o próprio ícone da genialidade pop) parece simplesmente ignorar duas questões potencialmente incômodas e ignoradas pela grande mídia: as “ondas gravitacionais” foram detectadas e comprovadas como realidade palpável. Mas o próprio Einstein fazia questão de enfatizar que “o espaço-tempo não tem existência própria, mas apenas como qualidade estrutural do campo gravitacional”. Em outras palavras, Einstein pensava as deformações do espaço-tempo como modelos matemáticos ou geométricos não-euclidianos e não condições em que vivemos. “São modos como pensamos”, dizia – sobre isso clique aqui.

Como um modelo matemático que não tem existência ou substância própria ganha a realidade através do LIGO?

O que foi detectado?


Isso leva a uma outra questão: então, o que foi detectado? As analogias explicativas das deformações espaço-tempo mostram lençóis estendidos ou ondas na superfície de um lago. Mas, ondas (ou deformações) só ocorrem através um meio físico – o lençol, a água, o ar etc. Então, como ondas gravitacionais podem se propagar no suposto vazio que é o espaço? A resposta seria que estas ondas seriam carregadas por partículas, e partículas não precisam de um meio para se locomoverem, como no caso do fóton na força eletromagnética.


Porém, a hipótese da existência do gráviton (a partícula que carregaria as ondas gravitacionais) ainda está por ser comprovada.

O que a grande mídia não revela é que o anúncio da descoberta do LIGO traz de volta a velha crise na Física criada pelo conflito entre o atomismo das partículas que possuem trajetórias independentes (a inércia do modelo newtoniano) e o monismo do modelo ondulatório da força da gravidade.

Explicando melhor: o conflito entre a mecânica newtoniano do movimento (a primeira Lei da Inércia onde objetos mantém-se em constante estado de movimento no vazio ou vácuo) e o antigo modelo de que tudo no universo se movimenta no interior de um substrato único chamado éter – termo considerado obsoleto para a Física atual e presente na história da ciência desde os primeiros modelos de céu criados pelos filósofos gregos.

Éter luminífero


Antes de Newton acreditava-se que a luz se propagaria pelo universo através de uma série de ondas de choque no chamado éter luminífero – todo o Universo seria preenchido por essa misteriosa substância que, mais do que um meio através tudo se propaga e se arrasta, seria um reino pré-físico que converteria a energia em forma material. A Natureza abomina o vácuo, disse certa vez Aristóteles.

Newton formulou as três Leis do Movimento baseado na existência do vácuo: se os planetas se mantêm na órbita do Sol apenas pela inércia, é inconcebível a existência de algum tipo de atrito com uma substância no espaço pois, caso existisse, haveria desaceleração e os planetas cairiam em direção ao Sol. Dessa maneira, a ideia do vácuo tornou-se indiscutivelmente correta, e permanece inquestionável até hoje.


Dissidentes da Relatividade


Nomes dissidentes da Teoria da Relatividade como o inglês Christopher Caldwell perceberam que apesar de Einstein ter mostrado que as dimensões absolutas de Newton (massa, atomismo, tempo, espaço, gravidade) fossem na verdade relativas, isso não o fazia acreditar que tudo no Universo fosse relativo. Todo o trabalho de Einstein foi combater as suas próprias descobertas da relatividade, eliminando qualidades relativas de modo a alcançar no final uma fundação firme e absoluta – sobre isso clique aqui.

Einstein substituiu tanto a noção de éter como a de vácuo pelo continuum tempo-espaço preenchendo o vazio com deformações e ondas gravitacionais, termos bem mais elegante do que uma velha e mística noção etérica. E acrescentou a constante cosmológica (uma “energia do vazio”) e a velocidade da luz como constante e insuperável – nada pode ser mais rápido do que a luz.

Porém, parece que a velha noção de éter sempre retorna na Física. Após o famoso teste Michelson-Morley que 1887 a noção de éter foi refutada definitivamente da ciência por não ter sido verificado algum tipo de “vento etérico” no arrasto da Terra por esse suposto meio cósmico. Porém, em 1925 um experimento de interferômetro feito por Michelson-Gale detectou esse arrasto devido à rotação da Terra. Porém, para os partidários da Relatividade, o experimento nada acrescentaria por não ser a Terra um referencial inercial.

O desempate entre Éter e Relatividade


Havia um empate nessa disputa: tanto a teoria do éter quanto a da relatividade de Einstein podiam explicar os resultados de ambos experimentos. Precisava-se de um golpe decisivo que levasse ao desempate.

Interferômetro da Dayton Miller nos anos 1920
E veio em meados da década de 1920 e não relatada em livros didáticos: no topo de uma montanha perto do Observatório Monte Wilson, Califórnia, Dayton Miller vez um novo e mais preciso experimento de interferometria. O resultado demonstrou que o planeta estava se movendo através de um éter arrastado que reduziu sua velocidade de 200 km/s no espaço para 10 km/s na superfície.

A teoria da relatividade não pode explicar esse resultado e acredita-se que o trabalho cuidadoso de Miller por vinte anos lançou uma sombra de dúvidas sobre a Teoria da Relatividade e impediu que Einstein recebesse o Prêmio Nobel pelo seu trabalho sobre a Relatividade – na verdade Einstein recebeu o prêmio, mas foi sobre o seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico.

A velocidade superior à luz de Nikola Tesla


Outro dissidente de Einstein, Nikola Tesla (físico e inventor da corrente elétrica alternada e da comunicação sem fio – 1856-1943), acreditava no conceito do éter onipresente. Foi o precursor do modelo da estrutura do átomo como semelhante a sistemas solares e o efeito fotoelétrico – nenhum texto padrão na história da Física menciona Tesla, embora essas ideias mais tarde levassem ao prêmio Nobel físicos como Rutherford, Bohr e Einstein.

A noção de éter onipresente na visão de mundo de Tesla levou a uma série de diferenças fundamentais com Einstein. Primeira delas a de que a velocidade da luz era insuperável. Na virada do século Tesla acreditava ter interceptado “raios cósmicos” emanados do Sol e que atingiam velocidades superiores a da luz.
Nikola Tesla
Na última década da sua vida acreditava que esses raios cósmicos poderiam ser aproveitados para gerar energia elétrica, dentro da sua concepção de energia livre e do próprio planeta como meio de transmissão sem fio dessa energia.

No perturbador experimento de 1899 com a torre de transmissão Wanderclyffe em Colorado Springs foram transmitidos 10 milhões de volts através da Terra: a velocidade teria sido superior à da luz – os polos terrestres interagiram instantaneamente. Tesla passou a descrever os fenômenos que manipulava por conceitos sânscritos como “Akasha”, “Prana” ou “éter luminífero” para descrever a fonte de energia que construiria toda a matéria – sobre isso clique aqui.

Teoria da Relatividade abalada


Mas a prova concreta de como a Relatividade pode ser violada veio com um dos fundadores da física quântica George Gamow no seu livro divisor de águas chamado Thirty Years That Shook Physics ( Os Trinta Anos Que Abalaram a Física). Gamow descreve como Goudsmit e Uhlenbeck descobriram que não só os elétrons estão em rotação como também estavam girando a velocidades superioras a da luz – para adquirir o livro clique aqui.

Nenhum físico fala sobre isso. O que significa que toda a evolução da Física no século XX e no nascente século XXI está evoluindo ignorando a constatação dessa dupla de físicos. E, mais ainda, ignorando as possíveis ramificações das interfaces das partículas elementares – a de que partículas giram a velocidades superioras a da luz porque retiram a energia do mundo pré-físico do éter, convertendo energia em matéria.

Por tudo isso, a fantástica descoberta do LIGO não é tanto uma “confirmação das teorias de Einstein de 100 atrás” como bombasticamente a grande mídia promoveu o evento científico. A descoberta das ondas gravitacionais como fenômeno físico e palpável suscita esse confronto de séculos na Física entre o modelo do éter onipresente contra o vácuo de Newton e o espaço-tempo de Einstein; entre a energia direcionada e contida e a energia livre e onipresente por todo Universo.

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